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sexta-feira, 13 de abril de 2012

Assassino de mulheres em Garanhuns-PE escreveu livro contando crimes

Com a ajuda da esposa e da amante, Jorge Negromonte praticou o crime e ainda contou detalhe das mortes e esquartejamentos

O delegado da Polícia Civil Wesley Fernando, que está à frente do caso que chocou Garanhuns, agreste de Pernambuco, na manhã dessa quarta-feira (11), localizou uma nova peça-chave para a investigação do caso em que duas mulheres foram assassinadas, esquartejadas e enterradas no quintal da residência dos próprios assassinos.
Um livro, segundo o delegado, escrito pelo acusado Jorge Negromonte, 50 anos, conta com detalhes e em capítulos, cada passo da barbárie cometida ao lado da esposa Isabel Cristina, 51 anos e da amante Jéssica Camila, 22 anos.
O folheto, que tem como título "Revelações de um esquizofrênico", parece um livro de magia negra. Com direito a ilustrações com figuras demoníacas, biografia, sumário e 34 capítulos, o acusado queria deixar perpetuado o ato de brutalidade. Tanto que, não bastasse a frieza em descrever os fatos, levou o livro impresso (em gráfica rápida) e o registrou no Cartório do Terceiro Ofício de Notas em Garanhuns (às 15h36 do dia 28 de março deste ano).
Confira alguns trechos do livro que o NE10 teve acesso:

CAPÍTULO XXIV
O PLANO MACABRO DE DESTRUIR A ADOLESCENTE MALDITA

Um dia eu aproveitando que a adolescente do mal não estava, combinei com Bel e com Jéssica um modo de destruí-la, e chegamos a uma conclusão: Matá-la, dividi-la e enterrá-la. Só que cada parte dela em um lugar diferente.
Era uma noite de chuva forte, relâmpagos e trovoadas. A criatura do mal estava em um quarto da casa; olho para Bel e para Jéssica com um olhar de que aquela noite seria o momento certo para destruir o mal.
"Todo ser humano tem instinto assassino, e tal instinto é liberado em situações como essa. O homem também é o único ser que mata por prazer, mas até o matar por prazer é uma espécie de autoproteção do seu eu...


CAPÍTULO XXVI
A DIVIDIDA

Vejo aquele corpo no chão, Jéssica desconfia que ainda se encontra com vida, pego uma corda, faço uma forca e coloco no pescoço do corpo, puxo para o banheiro e ligo o chuveiro para todo o sangue escorrer pelo ralo.
Ao olhar para o corpo já sem vida da adolescente do mal, sinto um alívio. Pego uma lamina e começo a retirar toda a sua pele, e logo depois à divido.
Eu, Bel e Jéssica nos alimentamos com a carne do mal, como se fosse um ritual de purificação, e o resto eu enterro no nosso quintal, cada parte em um lugar diferente...
No livro, Jorge Negromonte ainda relata o assassinato de uma criança - a Polícia Civil não descarta a possibilidade dessa vítima estar também enterrada na casa. “No depoimento eles disseram que na residência existe o quarto do mal. Acreditamos que essa criança que ele fala no livro pode estar enterrada nesse cômodo”, disse o delegado Wesley Fernando, à frente do caso.