Um Projeto de Lei em análise na Câmara pretende melhorar o
processo de revista em pessoas que usam marca-passo ou qualquer tipo de prótese
metálica.
A proposta é da deputada Mariana
Carvalho, do PSDB de Rondônia, e estabelece algo parecido com uma norma da
Anac, Agência Nacional de Aviação Civil, que prevê que essas pessoas sejam
revistadas manualmente, sem a necessidade de passar por detectores de metal.
No relatório aprovado na Comissão
de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, fica determinado que os
usuários de marca-passo não poderão ser constrangidos a passar por detectores
de metais que utilizam radiação eletromagnética. Os usuários de próteses
metálicas, também ficam dispensados desse tipo de controle, e deverão ser
revistados individualmente em uma sala por uma pessoa que seja do mesmo sexo.
Para ambos os casos, será necessário apresentar um atestado médico que comprove
uma dessas duas condições.
O cardiologista Joubert Mosquéra, que é especialista em marca-passos, explica que quando um paciente recebe o implante do aparelho, ele ganha uma carteirinha que o identifica como portador de marca-passo, o que poderia dispensar o atestado médico. Segundo ele, é recomendado que essas pessoas evitem o contato com alguns tipos de equipamentos eletrônicos, como os detectores que são encontrados nas entradas de bancos e aeroportos.
O cardiologista Joubert Mosquéra, que é especialista em marca-passos, explica que quando um paciente recebe o implante do aparelho, ele ganha uma carteirinha que o identifica como portador de marca-passo, o que poderia dispensar o atestado médico. Segundo ele, é recomendado que essas pessoas evitem o contato com alguns tipos de equipamentos eletrônicos, como os detectores que são encontrados nas entradas de bancos e aeroportos.
"Eu penso que o mais seguro
para o paciente é que realmente ele evite passar nos detectores de metal. (...)
Acho que obrigá-los a passar no detector de metal, poderia gerar algum
constrangimento, até de uma certa forma insegurança, e também não podemos
descartar, embora com uma baixa probabilidade, algum tipo de interferência, uma
indução de arritmia que poderia colocar em risco a vida do paciente".
O relator na Comissão, deputado
Delegado Francischini, do Solidariedade do Paraná, explica que também foram
avaliadas outras propostas de deputados e ex-deputados sobre medidas
alternativas de segurança e que o texto reuniu as melhores ideias. A proposta
original, por exemplo, dispensava completamente a revista desde que houvesse a
apresentação do atestado médico. Segundo Francischini, o objetivo foi atender
uma solicitação antiga das pessoas com deficiência e dos usuários de
marca-passo, e ao mesmo tempo, preservar a segurança pública.
"Levando em conta também que
a nossa preocupação na segurança pública foi no próprio crime organizado
identificar essas pessoas, caso a gente dispensasse totalmente as passagens nos
detectores ou de uma revista individual para contratar essas para transportar
drogas e armas".
O Projeto que regulamenta
alternativas para que os usuários de marca-passo e pessoas que usam prótese
metálica sejam revistados será analisado agora pela Comissão de Constituição e
Justiça. Se for aprovado, poderá ser encaminhado para o Senado, sem precisar
passar pelo Plenário da Câmara.
Reportagem - Luiz Gustavo Xavier / Agência Câmara
CAIO BARBIERI
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