Foto do DailyNews tirada em 25 de abril de 2017 mostra Jiranuch Trirat (C) carregando o corpo de sua filha de 11 meses, que foi morta por seu marido, nos arredores de Phuket |
O assassinato por um
tailandês de um bebê de onze meses durante uma transmissão pelo Facebook Live,
antes de cometer suicídio, chocou a Tailândia e provocou uma onda de críticas
contra os meios de comunicação que exibiram as imagens.
Segundo a polícia, o homem,
identificado como Wuttisan Wongtalay, de 20 anos, decidiu cometer o crime no
balneário de Phuket, no sul do reino, após uma briga com sua esposa.
O vídeo mostrando o
enforcamento de sua filha de 11 meses e depois o seu permaneceu online por
várias horas na segunda-feira, antes de o Facebook retirá-lo.
Vários canais e veículos
tailandeses publicaram nesta terça-feira as imagens, com os corpos da criança e
do homem borrados.Mas nesta quarta-feira a
indignação era enorme nas redes sociais.
E o News Broadcasting
Council, órgão de supervisão de mídia, pediu que os veículos parem de
transmitir tais vídeos, em um país onde as imagens de acidentes e cadáveres são
exibidas sem maiores precauções.
"Esta cobertura foi
inapropriada", reagiu o conselho em um comunicado nesta quarta-feira:
"poderia levar outras pessoas a fazer o mesmo, para chamar a
atenção".
De acordo com o porta-voz da
polícia tailandesa, o vídeo foi rapidamente detectado pela polícia que alertou
o ministério responsável pelo digital, que contactou Facebook.
Na terça-feira à noite, o
Facebook qualificou o vídeo como assustador. "No Facebook não há lugar
para conteúdo desse tipo e será retirado", informou a rede social à AFP.
Este assassinato ocorre
poucos dias depois do crime de Cleveland, nos Estados Unidos, onde um homem de
37 anos matou um aposentado escolhido aleatoriamente e postou o vídeo no
Facebook. Depois de três dias de perseguição policial, o assassino se suicidou.
O criador do Facebook, Mark
Zuckerberg, afirmou depois da tragédia que sua equipe fará todo o possível para
impedir que isto se repita.
Estes assassinatos não são
os primeiros divulgados ao vivo na internet. Em fevereiro, já havia ocorrido o
mesmo em um duplo homicídio em Chicago.
O governador de Phuket pediu
aos cidadãos que não compartilhassem o vídeo de quatro minutos do assassinato e
do suicídio, embora ainda fosse encontrado nesta terça-feira em contas de
internautas tailandeses.
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