A tão badalada construção da Refinaria Premium na
cidade de Bacabeira-MA, não passou de uma obra eleitoreira, orquestrada
pelo grupo político responsável pelo atraso do Maranhão, e com o aval do
ex-presidente Lula, que veio ao estado, inaugurar a pedra fundamental daquilo que
o mesmo sabia que jamais iria ser concluído. Inclusive tal obra nunca esteve
nos planos da Petrobras, a estatal só ainda comenta a mesma devido o ministro
das minas e energia ser Maranhense, e um dos soldados do grupo dominante do
estado.
Veja o que diz a materia jornalistica da revista Exame.
São Paulo - As últimas seis décadas, o Brasil tem mantido uma turbulenta e pouco saudável relação com sua maior empresa, a Petrobras.
Desde que foi criada, em 1953, o país deposita sobre os ombros da
Petrobras uma responsabilidade no mínimo exagerada. Por mais de 40 anos,
coube a ela, e só a ela, explorar petróleo no Brasil.
O monopólio, que só acabou no fim dos anos 90, tornou mais lento e
custoso o caminho até a autossuficiência. Mas a verdade é que tamanha
responsabilidade deu origem a uma empresa de capacidade técnica e
solidez financeira inquestionáveis.
A descoberta do potencial do petróleo escondido na camada do pré-sal,
em 2006, foi comemorada como algo que levaria a Petrobras a outro
patamar. Mas, talvez de maneira coerente com nossa história, o país
aproveitou essa oportunidade para dar à Petrobras outras missões. Não
bastava a já dificílima tarefa de tornar o pré-sal viável.
Nos últimos anos, o governo usou
a empresa para segurar a inflação, criar uma indústria nacional do
petróleo, fazer política externa à custa de seu caixa, gerar empregos.
Tudo somado, tem-se a receita para o desastre atual: a Petrobras, sete
anos após a descoberta do pré-sal, é hoje a pior entre as grandes
petroleiras do mundo. Em sua tentativa de usar a Petrobras para resolver
os problemas do país, o governo está asfixiando a maior empresa do
Brasil.
No dia 4 de fevereiro, a Petrobras anunciou seu pior resultado em oito
anos. O lucro da empresa caiu 36% entre 2011 e 2012. Os custos de
operação dobraram em seis anos. A produção de petróleo caiu.
E, pior, a companhia deu aos investidores um sinal de que está com
problemas de caixa — em outras palavras, de que o dinheiro está
acabando.
Os acionistas foram informados de que o pagamento de dividendos aos
detentores de ações ordinárias (com direito a voto) seria reduzido à
metade.
O objetivo é economizar 3,5 bilhões de reais. “Foi uma decisão para
manter o caixa da companhia”, afirmou Maria das Graças Foster,
presidente da empresa. As ações da Petrobras chegaram ao menor patamar
desde 2005. E Graça Foster, com a franqueza habitual, avisou que no
primeiro semestre de 2013 as coisas piorariam ainda mais.
São números ruins, como o desempenho das ações atesta. Mas apenas uma
comparação internacional é capaz de dar a real dimensão da crise em que a
Petrobras se enfiou — ou, mais precisamente, foi enfiada.
Das dez maiores empresas de petróleo do mundo, a estatal brasileira é a
pior nos quesitos fundamentais. Sua rentabilidade em 2012 foi um terço
da média de suas principais concorrentes — e a previsão é que o
desempenho seja o pior também neste ano.
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