A rocambolesca troca de governadores é espetáculo mambembe. A vulgarização do cargo atesta o entrelaçamento de interesses políticos. Vacância e ascensão não despertam a atenção. Como se não existisse governo e não tivessem esperanças de tê-lo jamais.
A impressão é do nada com coisa nenhuma. Como enfiar peido em cordão. Tudo fede, tudo tem o cheiro nauseabundo de chorume do lixo político que nos inferna. A cada posse escorre das entranhas do poder um líquido de odor fétido com alto poder de contaminação
A atmósfera fica insuportável aos anúncio dos empossados. O cheiro de metil mercaptana contamina a linha sucessória. Maquiados com nitrato de pó de merda, eles deixam-se fotografar orgulhosos. Troca-se seis por meia dúzia a cada 48 horas. Fome pela vontade imaginária de comer por quatro anos.
A rápida passagem do bastão esconde a desconfiança da governadora com o vice. A recíproca é versa, mas como vice não versa, Macaxeira submerge. Amedrontado pelo passado recente aceita a molecagem, dando vazão ao apelido. A espera do fatídico é o que consola a humilhação no presente.
A rápida passagem do bastão esconde a desconfiança da governadora com o vice. A recíproca é versa, mas como vice não versa, Macaxeira submerge. Amedrontado pelo passado recente aceita a molecagem, dando vazão ao apelido. A espera do fatídico é o que consola a humilhação no presente.
Xerimbabos se revesam no sereno dos Leões. Cada um dos empossados possui claque própria. O povo assiste envergonhado as manifestações dos empoleirados. A zombaria tomou conta do Maranhão, como se governar fosse postar-se em fila para usar banheiro.
É triste ver nossa representação política reduzir-se a uma dízima periódica, reproduzindo infinitamente o nada. No fundo a cortina de fumaça é para não dar oportunidade ao vice-governador de exercer o governo na forma plena. Prevalecem os ensinamentos maquiavelistas do "dividir para reinar".
O Maranhão não tem governo, nem nunca terá enquanto um Sarney governar.
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