sábado, 19 de fevereiro de 2011

Justiça decreta prisão preventiva de pai que matou o filho de quatro meses

O armador de ferragens Ivan Aragão da Silva, denunciado pelo assassinato do filho de apenas quatro meses, deverá continuar preso até o julgamento da ação penal ajuizada pelo Ministério Público estadual contra ele. Preso em flagrante no último dia 19 de janeiro, após agredir fisicamente a esposa Rosana Gomes da Silva e o filho Ivan Araújo da Silva Filho, que acabou falecendo, o denunciado apresentou pedido de liberdade provisória ao Juízo da Comarca de São Sebastião do Passé, que acolheu parecer apresentado pela promotora de Justiça Lilian Santos Veloso, indeferindo o pedido e decretando a prisão preventiva de Ivan da Silva.
No parecer, a promotora de Justiça destacou que “é forçoso reconhecer a necessidade da decretação da prisão preventiva do custodiado para garantir a ordem pública”. Ele, lembrou Lilian Veloso, agrediu a companheira e matou o próprio filho, o que demonstra “insensibilidade moral incompatível com a possibilidade de convívio social”. Se ele foi capaz de assassinar o filho por motivo fútil, pode, a qualquer momento, em razão de pequenas contrariedades, matar uma outra pessoa, concluiu a representante do MP.
Na denúncia apresentada à Justiça no último dia 2 de fevereiro, Lilian Veloso relatou que, segundo a peça investigatória do processo, Ivan Aragão iniciou uma discussão com a esposa após ingerir bebida alcoólica. Ao vê-la sentar-se no sofá com o filho no colo, o armador de ferragens desferiu um soco no rosto e tapa nos lábios dela, diz o documento, acrescentando que, naquele momento, o bebê começou a chorar, o que fez com que o pai lhe desse três tapas nas pernas e o retirasse do colo da mãe, colocando-o embaixo do chuveiro frio. O bebê foi agredido fisicamente pelo pai, chegando ao hospital machucado, com hematomas no corpo, rosto inchado e pele roxa, informa a denúncia, acrescentando que, no dia 20 de janeiro, Ivan Araújo da Silva Filho faleceu, “sendo a causa da morte hemorragia intracraniana decorrente de traumatismo crânio-encefálico provocado pelas agressões”.
Fonte: primeirojornal

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